É um provérbio portuguès, e como todos os provérbios tem um fundo de sabeduria enorme. Talvez não o sintas neste momento, mas os proverbios são assim. Sempre aparecem como uma embuscada desleal.
Apanham-nos desprevenidos, mesmo quando os conhecemos com anterioridade. Eles não aparecem nos momentos prévios ao acto que lhes dá sentido, sem sentido não existiriam.
Atrás de mim virá quem de mim bom fará, é um provérbio que aprendi há relativamente pouco tempo. Enquanto lia um livro ele apareceu, de repente nasceu o provérbio. Realmente ele já existia, alguém o escreveu, porque alguém o disse, alguém viveu essa realidade. Em mim a sua descoberta foi isso mesmo uma emboscada desleal. Eu já tinha provado esse sabor amargo que tem a aprendizagem empirica do que somos e de como nos vemos aos olhos dos outros. Umas vezes nos sentimos orgulhosos, outras nos envergonhamos, outras nos surpreendemos, a mais custosa creio ser a da injustiça.
Não é mais penosa, devido a essa necessidade inapelável que o ser humano tem de sentir que a razão lhe pertence. É mais custoso porque não conseguimos entender se somos realmente o que os outros nos observam, ou aquilo que observamos em nós.
Atrás de mim virá quem de mim bom fará, passou por mim em momentos chave da minha evolução como pessoa. Creio que deveria fazer parte de todos nós. Não é uma questão de egocentrismo, é somente por encontrar uma existência própria feliz. Procuramos os que nos fazem sentir bem.
Fazer-nos sentir bem não é necessáriamente uma adulação da nossa pessoa por parte de outros, fazer-nos sentir bem nem sempre resulta de esse facto. Muitas vezes sinto-me bem quando alguém consegue ver algo menos positivo em mim que eu não tinha em perspectiva. Mostra-me o erro te darei a solução é um acto satisfatório, sentimo-nos bem por melhorar como pessoa.
Necessitamos que nos digam o que vêem em nós, e dessa visão constroi-se um eu mais forte, mais integro, de acordo com o que procuramos, ser felizes.
Atrás de mim virá quem de mim bom fará.
4 comentários:
E já agora para melhorar a tua gramática, nota-se que tens escrito muito em Espanhol e isso já se mistura na tua cabeça para dares tantos erros ao qual não era habitual, principalmente no primeiro parágrafo.
Aelius utiliza incorretamente no seu texto "ao qual" (substitua por "que").
Em português é "emboscada" que se escreve, não "embuscada".
E "sabeduria" em português escreve-se "sabedoria"
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