domingo, abril 30, 2006

Super Bock o sabor autêntico

Num blog que descobri há uns dias, dei um conselho a alguém.

Sai, Sai , Sai de Portugal.

De facto foi óptimo para mim sair e já planeio a nova aventura. Primeiro porém quero abraçar o meu Tatu, alegrar a minha mãe, ver os meus amigos, apanhar sol, porque somos Luz.

Mas há uma parte que tenho que admitir que não melhorou nada, e não porque eu não me esforçasse nesse sentido. Uma parte muito importante a Paparoca.

O Chop Chop é uma miséria aqui, caro e com pouca qualidade. Ainda para mais porque aos fins-de-semana continuo sem tocar nos peixinhos que a minha mãe cozinha no forno.

Quando voltei no natal tive sorte de passar grande parte do meu tempo com duas amigas espanholas, que me enfardavam comida quase ao pontapé. Engordei de novo e a minha familia nem notou nada.

Agora tou lixado, pois a Marta e a Anaïs voltaram para Barcelona (fumetas me voy a Barcelona es seguro), e não vou ter ninguém para me fazer a engorda.

Estava aqui a ver fotos do verão passado e tava gordo (eu sou o oposto da maioria, adoro a minha barriguinha e adoro comer bem), hoje fui tomar o banhinho da manhã enquanto as tostas queimavam pelo segundo dia consecutivo, e vi que tou magrelas. Malditas bicicletas, nem com a quantidade de comida de trampa que aqui enfardo consigo manter o peso.

Em breve voltarei pro Bacalhau com Natas, pros peixes grelhados do Henrique da Madorna (a tasca mais portuguesa de Portugal), pra bela da feijoada, devorar um pratinho de caracol em Linda-a-Velha, e principalmente voltar pra perto da minha sempre amada SUPER BOCK, o sabor autêntico.

sexta-feira, abril 28, 2006

U got to dance closer to the ones that you love....

Stephane Pompougnac continua a manter o nível muito alto no panorama da lounge music.

No vol.8 de Hotel Costes continua-se a sentir um ambiente de sofá ritmico, mas também a evolução da música que Stephane vai misturando.

Senhor de um gosto musical ímpar coleccionar volumes de Hotel Costes é no minimo uma certeza de 8 volumes de excelente música ambiente, lounge, chill ou de escrita como é o meu caso neste momento.

Aqui fica mais uma recomendação Saciriana...

Para se sentir o cheiro deste lounge de Hotel é clickar aqui

Para comprarem o album em mp3 a preços económicos, clickar na foto.

Ainda não acabou...

uma aventura já outra aparece no horizonte.

É mais um sonho que irei realizar. Algumas coisas serão diferentes em termos de financiamento por exemplo.

Começou a jornada de planeamento para uma das mais inesqueciveis aventuras da minha vida.

Fica aqui uma pista...

segunda-feira, abril 24, 2006

"He is here forever"


Grizzly Man é talvez o documentário mais inspirador que alguma vez vi.

É uma obrigatoriedade ver este documentário de Werner Herzog, sobre Timothy Treadwell um ambientalista devoto que acabou por morrer sobre as garras de um dos animais que tanto amava e tanto queria proteger.

Ao longo do documentário de uma beleza incrível, vamos compreendendo o porquê da sua devoção à causa ambientalista, vislumbrando alguns sintomas de solidão, e a revolta que nutria por uma civilização que não compreendia e sentia não o compreender.

Werner Herzog realizou e comentou este filme extraordinário, que tenho pena de ter visto só, mas talvez também a minha solidão me tenha feito sentir um pouco mais próximo do protagonista e da sua história.

Em Timothy Treadwell vi três aspectos com os quais me identifico. O primeiro é o amor pela natureza e pelos direitos dos animais, o segundo a forma como expressa o seu afecto para os que sente como mais próximos, e por ultimo o seu amor pelo cinema.

Acaba o filme com tristeza de se saber que um homem como ele já não está entre nós, mas mais triste fico ainda por me parecer que o seu objectivo era afastar-se do que nós chamamos o Mundo.

Um filme sobre Ursos, sobre homens, sobre o que cada um de nós usa para se refugiar dos seus próprios demónios.

Aconselho vivamente este filme a todos os que preferem um bom filme, a uma boa hora e meia de entretenimento numa sala de cinema.

domingo, abril 23, 2006

Alice



Na cabeça de Lewis Carroll...

Algumas das minhas fotos favoritas...

A Rocio é uma amiga espanhola com uma máquina na mão.
Temos duas coisas em comum, somos amigos e somos fanáticos por filmes e fotografia.

Aqui ficam três exemplos da sua objectividade visual.





E para os que preferem seguir...


O domingo com cinema independente recomendo esta produção internacional.
Paradise Now.

Para desvendar um pouco a história deixo aqui a critíca de Eurico de Barros (DN).

E claro um pequeno video de apresentação do filme.

E segue-se assim mais um dia

E mais um dia que aí vem, hoje estou com muita vontade de seguir com a minha tese, por isso desejem-me boa sorte.
Recomendo um filme para este final de tarde de Domingo: Syriana.

sábado, abril 22, 2006

Comentário #5

Não conhecia minimamente esta tua faceta Saci,mas mais vale tarde que nunca e como nunca é tarde para conhecermos bem quem nos interessa,andei a ler boa parte do teu blog.E como qualquer outra pessoa que se prese a uma boa leitura,que viva as palavras vividas e sinta as palavras sentidas,que de facto aprecie o sentimentalismo escrito com verdadeiros sentimentos,de quem realmente ama a vida e aprecia-a no seu explendor e que em forma de protesto daquilo que seja considerado errado manifesta-se como pode e com a genealidade que tem.. quem realmente prese tudo isto fica quaze ou mesmo teu fã e/ou orgulhoso por te ser algo, assim como a tua Mãe se deve orgulhar,o teu irmão,o teu sobrinho, os teus amigos e eu como teu primo.

Bem!! Na verdade o meu intuito é fazer um comentário ao que acabei de ler aqui em cima, foi o teu irmão que me mandou e o primeiro texto que li teu. Acho que até sinto pena de realmente termos andado tão afastados e de pelos vistos nem nos conhecermos como deve ser, mas assim foi.

A viagem que me proporcinaste ao passado e as recordações defenidas de uma forma tão sentida e tão lucida,tão doce e carinhosa,tão comovente fizeram-me chorar como há muito não o fazia, tanto pela tristeza como pela alegria, assim como pelo orgulho.

Recordações como as que tenho dos tempos em que ìamos para casa dos Avós jamais as apagarei da minha memória e realmente deixam-me feliz por as poder ter.Muitas pessoas hão-de ter tido maravilhosas infancias, muitas hão-de ter bastantes histórias inesqueciveis com os seus Avós em aldeias tão pequenas como Valdonas,assim como nós temos. Mas muitas, muitas outras não fazem a menor ideia do que é,por exemplo, ir ao Zé das vacas para ir buscar o leite e vê-lo e ouvi-lo a dominar tão bem o seu vocabolário ordinário enquanto ía dando umas pancadinhas com a sua bengála na vaca que ali mesmo estava a ser ordinhada para de seguida levarmos o seu leite(o que nós nos riamos com o Zé das vacas) e depois antes de bebermos o leitinho com ovomaltine ainda tinha que ser fervido com o carinho próprio da Avó Julia no seu fogão a lenha(inesquecivel). Muitas pessoas não lhes passa pela cabeça o que é estar perdidos no meio de tanta parra escondidos e a comermos as uvas que queriamos, quando não optávamos por ir aos figos, enquanto andava tudo na vindima. Muitos não imaginam sequer o que é brincar apenas com bocados de ramos de árvore como os tais com que faziamos toda a nossa artilharia de policias e ladrões, de cowboys e indios. Muita gente não faz a minima ideia do que é ter uma enchada na mão com menos de 10 anos e andar todo contente a abrir e fechar caminhos no labirinto que a água tinha de percorrer para regar as couves e alfaces e até os morangos e tomates... É certo que muitas pessoas não sabem o que tudo isto é, mas muitas,muitas,muitas mais não fazem jamais a pequena ideia do que é fazer tudo isto sempre com um Avô Esmeraldo por perto,um Avô sempre atento.Sempre pronto a ensinar e explicar com a sua devida calma e paciência, sempre disposto a tudo o que nos alegrava e nos fazia felizes, tornando-se ele quaze numa criança como nós.Sempre com a sua boina(inesquecivel também) e que sempre que a tirava era motivo de rizada entre nós todos por não ter a cabeça queimada do sol como tinha a cara e o pescoço por estar logo desde as 6h da manhã de enchada na mão na sua horta,assim como os braços com bronze à camionista mas que entretanto tinham uma "batata" como ainda hoje não vi igual, lembro-me de nos pôrmos a comparar os bícepedes e de ele nos dizer que um dia também teríamos um músculo daqueles depois de muito trabalho. Assim como me lembro do orgulho que ele tinha em nós todos e nós nele,os 5 netos, na ternura que se sentia nos seus olhos, da tranquilidade e humildade que emanava e fazia sentir à sua volta com toda uma robustez admirável e respeitável.. Eu tambem tive uma oliveira, assim como um escadote feito em madeira e uma serra de mão para a poder pudár a oliveira, tudo dádo pelo Avô.Lembro-me da tua galinha coxa e vesga,lembro-me de irmos à fonte com ele com os garrafões azuis,realmente lembro-me de quaze tudo o que ele fazia conosco,jogar às damas e xadrês,de contar as anedotas, de termos de ir dormir a ciesta.. Realmente lembro-me do que ele fazia,da forma como o sentia.. Realmente lembro-me do que ele nos dava, dava-nos muito amor, muito amor mesmo. E é como tu bem dizes primo(usando mais ao menos as tuas palavras) "agora vejo que a maior riqueza da vida é ele e pessoas que como ele tanto nos amam." Tambem espero que onde estejas estejas bem Avô,acredito que sim.. Assim como acredito que sabes o quanto te amo tambem.

Primo, do fundo do meu coração apenas te agradeço... Obrigado, está lindo e ele merece mais que ninguem.

Comentário #4

Sem palavras..
Lavado em lágrimas..
É o texto mais lindo que alguma vez li. Não pelo jogo de palavras ou por poesias elaboradas, mas pelo significado e sentimentos que este texto carrega.
Parabéns ao meu irmão.
E obrigado por esta viagem ao passado. Parece que foi noutra vida. As coisas mudaram tanto.
Que saudades.
Um grande desgosto que eu tenho é o dessas três grandes referências das nossas vidas, que são os avós que já partiram, não poderem ver crescer e ajudar a crescer a minha nova vida que é o meu filhote.
O avô Esmeraldo nada a acrescentar disseste tudo expressaste tudo trouxeste por uns minutos o nosso querido avô à minha vida.
Obrigado Pedro
Obrigado Avô Esmeraldo
Sempre no meu coração.
Beijinho muito especial à minha MÃE, ela merece estas memórias,estas palavras.

P.S. : Desculpa Pedro nas vou só acrescentar as anedotas que ele tanto gostava e no fundo também fazem parte deste album...

Comentário #3

Puto: LINDO! Parabéns!!!

Quem me dera conseguir de vez enquando libertar estes sentimentos e memórias que retenho só para mim e que se calhar necessitava tanto de tirar cá para fora.

OBRIGADO.

Grande abraço e continua assim!!!

Grande abraço do amigo:

RUI CORREIA

Comentário #2

Pedro, não tenho palavras...
não consigo expressar uma unica palavra que descreva o que senti ao ler este texto e esta preciosa revelação...
Só posso dizer-te OBRIGADA meu filho e sei que só tu saberás quanto esta palavra representa para nós dois...
Tu ainda és mais lindo do que aquilo que eu imaginava, e como sabes tu e o teu irmão foram sempre as coisas mais lindas do mundo.
Que sejas sempre assim meu filho, conserva sempre esses maravilhosos sentimentos, conserva para sempre esse coração enorme que tu tens cheio de amor pelos outros.
Um beijo com muito carinho.

Mãe.

Comentário #1

Depois de ler esta carta ao teu avô, so posso dizer que foi o mais bonito e sincero texto que já li escrito por ti, que me tocou de uma forma brutal e que desenterrou memórias e vivências que estavam no fundo do meu coração guardadas...fiquei sem folego.

Pukanina

I need your lovin' like the sunshine...

Lembro-me de andar no 7º ou 8º ano da escola e de na altura uma pessoa que estimava muito ter falecido.
Durante um teste de Inglês, decidi então na parte da composição escrever algo que pudesse ajudar-me a expressar a mágoa pela primeira perda real da minha vida. Escrevi sobre ela, sobre o carinho que lhe tinha mesmo sem existir qualquer relação familiar entre nós, e no fim dediquei-lhe um refrão que ouvia muito na rádio- "And I miss you
Like the deserts miss the rain ".
A professora na altura, nem me recordo do seu nome, era ultra fã dos Everything but a girl, e deu-me uma grande nota na composição, por além de ter citado uma das suas músicas favoritas, ter percebido que aquele texto estava repleto de emoção e dor.

Pode parecer estranho, mas à data terá sido talvez a única demonstração na escola perante um professor do que realmente sentia. Desde que havia mudado para a Escola de Carcavelos que tinha apanhado bons e maus professores, mas senti que nunca me entenderam, e eu também nunca fiz um esforço para tal.

Depois foram os meus avós, primeiro a avó Clarisse, depois o meu avô Esmeraldo e por último a minha avó Julia. Sinto a falta deles todos, relembro-me de momentos marcantes que passei com eles. Recordo-me do ultimo sorriso que vi do meu avô como se fosse ontem, à porta de casa dele, com lágrimas nos olhos e um sorriso do tamanho do mundo na cara. Duvido que em toda a minha vida vá encontrar um outro homem que tenha a bondade, a simplicidade e a honestidade do meu avô. Lembro-me de numa das muitas felizes férias que passámos na sua casa em Tomar (simplesmente perfeito, os cinco primos juntos, com um enorme espaço rural para brincar e gastar energias de uma infância que por 15 dias era inesquecivel).

Quando tinha uns 4 ou 5 anos disse ao meu avô que determinado táxi que aparecia numa telenovela da noite na televisão dele tinha outra côr, diferente do táxi que aparecia na minha.

Nas férias seguintes o meu avô juntou algumas poupanças e comprou uma televisão Grundig a cores. Assim que cheguei a sua casa mostrou-me cheio de orgulho e felicidade a nova televisão, onde eu poderia ver de novo as mesmas cores que via quando estava em casa dos meus pais.

Lembro-me de o ver limpar o tanque para nós podermos ir pra lá chapinhar e nadar, tudo à mão, mesmo sabendo que sofria terrivelmente das costas. Lembro-me como se sentia feliz quando o rodeavamos para ouvir as histórias dos Lobisomens e das Bruxas, lembro-me de nos levar ao Leite, para ouvirmos os disparates e a vulgaridade da linguagem do pastor, e como se ria ao ver-nos espantados a ouvir aquelas asneiradas todas vindas da boca de um adulto. Íamos à fonte buscar a água, e quem se comportasse bem, poderia ir na parte de trás da carrinha, onde os bonés eram levados pelo vento que a velocidade da carrinha provocava.

O meu avô ligava a sua serra electrica, em tardes de calor de Agosto, só para cortar os pequenos ramos de oliveira que apanhávamos no meio da lenha, e transformá-los em potentes armas mortiferas do imaginário infantil, e lá iamos nós brincar aos gangsters e policias, aos índios e aos cowboys.

O meu avô plantou uma oliveira no meu 7º aniversário, foi a única prenda da minha infância que jamais me esqueci. Quando me mostrou um pintaínho sem uma pata e cego de um olho, pedi-lhe que mo desse, e assim fez. O pintaínho transformou-se em galinha, deu muitos ovos e nunca, nunca foi morto pra churrasco ou vendido para quem estivesse interessado, por pura e simplesmente ser meu. Creio que ele nunca iria suportar ver a minha desilusão se um dia lhe perguntasse pela minha galinha coxa e vesga, e ele tivesse que responder que a tinha morto ou vendido. A galinha acabou por morrer de velhinha.

Por amar tanto a minha infância em Valdonas, e por amar tanto os meus avós tenho medo de um dia lá voltar. Agora que a casa que nos acolheu foi abaixo, que o tanque deu lugar a uma piscina, a capoeira desapareceu , a datsum azul está velha e na casa do meu tio, e principalmente o amor dos meus avós se resguardou para eternidade no meu coração, tenho medo de encontrar um local totalmente diferente, sem eiras, sem espaço para o jogo da malha atrás da garagem, sem o batatal, sem os preciosismos com que o meu avô arrumava as suas ferramentas, e organizava tudo de uma forma tão própria de quem só tem um fundo puro doce e cheio de amor por todos, até os que lhe faziam mal.

Infelizmente ao meu avô nunca pude dizer adeus, e o quanto o amava antes de ele se ir embora para perto do seu protector em quem depositava tanta fé e esperança, mas hoje deixo aqui o primeiro verdadeiro recado para alguém, e é para ti avô . Se algum dia nos voltarmos a ver vou dar-te o maior abraço que alguma vez dei, e vou agradecer-te por todo o carinho e amor incondicional que me deste a mim e ao meu irmão e aos meus primos. Vou querer saber tudo o que ficou para contar sobre ti, sobre a tua vida, o que te fazia feliz, vou querer ouvir as histórias das bruxas e dos lobisomens, vou querer voltar a andar na parte de trás da tua carrinha Datsum, vou querer ir à água, ao leite e até à missa, porque só agora vejo que a maior riqueza da minha vida és tu e os que como tu sempre me amaram, espero que onde estejas estejas bem, e que sintas orgulho na pessoa que sou hoje. Amo-te muito avô.

Os homens também choram...

Escrevi há algum tempo atrás um texto no meu blog sobre o meu avô Esmeraldo. E porque infelizmente muita gente não o conheceu (uma autêntica preciosidade, uma dádiva que tive a sorte de ter na pessoa do meu avô) essas palavras ainda que emocionantes não transmitiam o meu sentimento na sua totalidade.

Aos poucos fui recebendo as mais variadas reacções a esse post. Como o meu avô merece, como o meu irmão, a minha mãe, os meus tios, os meus primos, os netos e bisnetos do Avô Esmeraldo e todos os que guardam no seu coração as memórias daquele homem de olhos lindos, e coração enorme, vou recolocar o meu post e todos os comentários.

Quero agradecer a todos os que comentaram, e voltei a viver memórias, encontrei ainda mais coisas dentro de mim sobre o meu avô, e digo-o com orgulho que os homens também choram.

Choram de saudade, choram de felicidade, choram de orgulho. Tenho muito que chorar por ti Avô.

Obrigado avô e obrigado a todos os que comigo o relembraram ou que em poucas linhas puderam assistir a uma pequena imagem do que ele é para mim.

sexta-feira, abril 21, 2006

Expressões portuguesas

Um olho no burro



E o outro no cigano

Anonymous

R'nt we all?

Familia






Home is the place where boys and girls first learn how to limit their wishes, abide by rules, and consider the rights and needs of others.

Foi isto que aprendi com eles todos...

domingo, abril 16, 2006

E que album é este...




"Soy consciente de que con un micrófono en la mano puedo hacer mucho"

Macaco ou El Mono Loco, é mais um grande músico Espanhol.

Lançou o seu quarto album de nome : Ingravito.

Deixo aki um link para a sua entrevista em Espanhol claro, e melhor que isso deixo um link para ouvirem uma musica que consta deste autêntico tesouro ritmico. Se Cat Power ocupava a minha top list com o album The Greatest, Macaco entra na luta e neste momento tenho que dizer que foi a minha descoberta de 2006.

Procurem o album no prestigiado estabelecimento comercial FNAC ou na Valentim de Carvalho, já que este músico está "agarrado" à EMI. Vale a pena e se não gostarem eu prometo que vos devolvo o dinheiro e um par de chapadas.


P.S. Para ouvir a música na página que vos indiquei, basta clickar em play na parte de baixo do ecrã e do lado esquerdo, o site faz streaming automático. Espero que consigam ouvir. E não se esqueçam de voltar pro Saci...

sábado, abril 15, 2006

Expressões portuguesas

"Hás-de cá vir..."



Breda

Expressões portuguesas

"Raios o partam"

Quase 26...

E quase mais um ano de vida...

E que ano.

Tanta coisa mudou, tantas perspectivas diferentes me surgiram neste quase ano de novas experiências.

Apesar de não ser consenso entre os que comigo lidam, tenho a certeza que estou diferente, diferente para melhor.

Conheço-me melhor, conheço melhor os que partilham ou partilharam a minha vida, vivo mais.

E parece que quanto mais nos conhecemos mais dificil é descrever-nos aos outros, não porque se sinta vergonha do que se vê introspectivamente, mas pela complexidade do que sentimos sobre nós próprios.

Uma coisa sinto como base desta evolução, a liberdade...

Liberdade de ser como sou, a liberdade de escolher o que quero para mim, a liberdade de pensar mais em mim e menos nos outros. Não me considero mais egoísta nem egocêntrico, vejo-me uma pessoa mais atenta ao que me rodeia e não receio reagir perante o que considero a intromissão na minha liberdade de ser eu próprio.

Não preciso de fazer uma defesa de mim próprio, porque sei onde estou, sei o que quero para mim e o que quero é a minha felicidade e a felicidade dos que amo.

Não vou deixar de gostar de quem gosto só porque escolhi outro caminho, não vou deixar de respeitar os outros porque respeito mais o que sou e o que quero para mim, sou mais feliz assim.

Como dizia um amigo "My roots it's my life", e com vocês no meu pensamento passarei o meu 26º aniversário.

Tão longe mas nunca só, tenho-vos sempre comigo...

"Não Não Não má guerra Não"

quinta-feira, abril 13, 2006

Julia

Julia é o nome de uma mulher que jamais esquecerei. Uma mulher que me amou incondicionalmente. Para ela todos os meus defeitos, todas as minhas falhas eram desculpaveis, simplesmente porque era eu mesmo.

A Julia encontra-se comigo nos meus sonhos, nas minhas melhores noites e brincamos novamente. Eu faço-lhe cócegas como antigamente, ela deseja-me um "até amanhã se Deus quiser" e eu acordo de novo, sinto a sua falta, sinto falta do seu amor incondicional.

Só quem te conheceu como eu pode saber o quão valiosa és pra quem te ama.

Jamais te esquecerei avózinha, e sempre sentirei orgulho em ser teu neto, mesmo que já não estejas entre nós.

segunda-feira, abril 10, 2006

Expressões portuguesas

Ora bolas!!!

Injustiça Fiscal

Portugal aumentou bastante a sua injustiça distributiva desde o 25 de Abril. Ninguém diz isto em voz alta, mas hoje há mais disparidade entre ricos e pobres que na ditadura. Entre as causas, que são variadas, existe um terrível mecanismo de desigualdade mesmo no centro do processo: o sistema fiscal.

Em 1967/68, no primeiro estudo estatístico da nossa distribuição de rendimentos, o nível de desigualdade era semelhante ao que actualmente se tem em França ou Irlanda, um valor intermédio na Europa. A discrepância nacional aumentou desde então em todas as décadas, menos nos anos 80, e hoje caímos para a cauda da União. Segundo o Banco Mundial, estamos ao nível de Moçambique ou Jordânia.

As implicações políticas são curiosas. Os anos revolucionários, de 1973 a 1980, registaram um dos maiores saltos na injustiça, enquanto a única (pequena) melhoria incluiu o "cavaquismo economicista". Nunca como aqui se vê tão bem a distância entre as palavras bombásticas e a realidade.

A discussão das causas económicas é muito mais relevante. Boa parte da desigualdade provém, apenas, do desenvolvimento, que sempre gera algumas diferenças. Não é difícil ser igualitário quanto todos são pobres, enquanto a forte dinâmica produtiva cria desvios inevitáveis. Mas as razões mais perturbadoras estão naquele sistema que devia corrigir o problema, mas está entre os seus principais motivos: é o Estado quem impõe muita da injustiça na nossa riqueza.

A despesa pública tem efeitos ambíguos. Por um lado, a Segurança Social contribui fortemente para aliviar a pobreza; mas, por outro, o sector público fornece quase de borla muitos bens aos ricos, da universidade ao teatro, enquanto alimenta privilegiados com salários, subsídios e regalias. Como todas estas despesas são financiadas pelo dinheiro dos pobres, o grande motor estatal da desigualdade está do outro lado do Orçamento, na receita.

A sociedade portuguesa, como todo o mundo desenvolvido, criou impostos sofisticados e complexos para promover, não o desenvolvimento, mas a justiça. Os elaborados mecanismos do IRS, IRC, etc. existem para dirigir a carga sobre os mais ricos, aliviando os pobres. Tal, aliás, só se consegue com fortes custos na produtividade, pois castiga-se quem mais produz e trabalha. Isso é aceitável, porque a equidade é o propósito consensual que o justifica.

Entre nós, porém, a enorme evasão fiscal leva os impostos a prejudicar simultaneamente o progresso e a justiça. A colossal fuga tributária perverte totalmente os nobres objectivos teóricos, orientando a quase totalidade dos impostos cobrados para o consumo e o trabalho por conta de outrem. Juntando a isto o explosivo apetite governamental por despesa, o fisco vê-se forçado a enviezar crescentemente a carga. São os impostos sobre trabalhadores e consumidores que sustentam a esmagadora despesa pública. A injustiça resultante é brutal.

O problema é tratado só com juras solenes de combate à fraude. Não admira que a injustiça cresça. Ultimamente, o cruzamento de dados e a captura de faltosos parecem ter conseguido alguns ganhos efectivos. Mas isso não aliviou a carga sobre os pobres; apenas deu mais dinheiro ao Estado. Assim, o esforço pouco melhorou a justiça. As novas técnicas tornaram mais eficaz o funcionamento de um sistema perverso.

A isto juntam-se as regras não escritas do fisco, com bastante influência na distribuição. Quem declarar donativos para desconto nos seus impostos, por exemplo, fica com uma enorme probabilidade de ser "sorteado" para inspecção fiscal (ou isto é uma regra tácita, ou então existe aqui uma incrível regularidade aleatória). Muitos contribuintes, para evitarem maçadas, começam a deixar de inscrever as suas dádivas, ou, até mesmo, de dar. Desta forma, a tacanhez dos funcionários destrói as boas intenções da lei.

A finalidade última das repartições de finanças não é arrecadar dinheiro, mas justificar os seus postos de trabalho. Por isso permanecem as infindas inspecções às declarações dos pobres, cujo eventual ganho fiscal seria sempre menor que o custo do tempo do inspector.

Portugal era tradicionalmente um país sem graves problemas sociais de desigualdade. Havia muita pobreza, mas sem os contrastes de outras zonas do mundo. É paradoxal que tenha sido a democracia a suscitar o problema, colocando-o já num estádio preocupante. Com a agravante de que as soluções propostas estão, também elas, ligadas à causa da injustiça.



João César das Neves naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
Professor universitário

sábado, abril 08, 2006

Expressões portuguesas

Ele há expressões portuguesas assinaláveis

"Por dá cá aquela palha"

Uma outra recomendação

Muito se fala da música portuguesa e da falta de mercado em Portugal. Se é verdade que a divulgação de projectos musicais é "defeituosa" em Portugal, também é plausivel dizer-se que a falta de qualidade e diversidade é uma causa desta falhada difusão cultural.

Na minha perspectiva, regular a percentagem de música portuguesa a passar nas rádios, é uma forma básica de censura que pouco ou nada irá melhorar o panorama cultural português.

Vamos ouvir mais musica portuguesa? Não me parece vamos é levar com mais do mesmo, e o resultado mais provável será termos as rádios controladas por grupos económicos que poderão suprir as despesas, mas cujos objectivos corporativistas podem ser adversos à cultura musical portuguesa.

Mais trabalhoso e mais sensato seria dar espaço para que novos projectos apareçam, que se cultive mais o gosto musical e principalmente que se criem estruturas que possam divulgar e sustentar esse mercado.

A educação musical efectiva é sem dúvida um primeiro passo, mas das escolas sinceramente já espero muito pouco. Á excepção de uma minoria de docentes e funcionários, as escolas estão habitadas por pessoas sem carisma e sem vontade de fazer o seu papel (dizem à boca cheia que o seu papel não é educar os filhos dos outros, isso é para os pais- nada mais errado e mais demonstrativo da falta de profissionalismo de quem o profere).

Criar bases de sustentação de eventos musicais com cariz não comercial. Não comercial não significa que não se possa e deva alcançar o lucro, mas esse não será o seu objectivo. O objectivo é divulgar a nova musica portuguesa, os novos projectos e dar-lhes uma plataforma para poderem alcançar potenciais investidores e claro o mercado musical.

Caberia no meu entender ao Ministério da Cultura e ao Ministério das Finanças elaborar um protocolo que permitisse a este tipo de eventos (de cariz mais social e local, não me refiro aos milhões dados ao Rock in Rio),a angariação de patrocinios particulares de um modo mais facilitado. Os patrociníos serião altamente compensatórios em termos fiscais para os seus patrocinadores, por exemplo.

Ás Câmaras Municipais caberia uma ajuda em termos logísticos, como por exemplo a cedência de espaços públicos, acordos com as empresas municipais de transporte, ajudas em termos de divulgação do evento, meios de segurança (policiamento e bombeiros).

É verdade que muitas já o fazem, mas também é verdade que neste ponto o factor cunha é altamente selectivo no sucesso destes acordos, que o diga o Festival MUSA em Carcavelos, infelizmente a braços com alguma "despreocupação" do edil municipal.

Incentivo à criação de rádios online. Aqui tocaríamos em três pontos. 1º Plano tecnológico (maior motivação da participação activa de jovens no plano, e criação de um novo polo económico, até a criação de emprego). 2º Dispersão dos centros de decisão dos meios de divulgação. 3º Alargamento para um espaço global da cultura portuguesa.

Por ultimo e essencial acabar com o IVA em produtos culturais, ou pelo menos diminui-lo drásticamente. Aqui como vivemos num país de chico-espertos o governo teria que ter em atenção a inflação decorrente desta abolição ou suavização de carga fiscal).

Em espanha o mercado musical nacional é enorme, a juventude ouve música espanhola, e os novos projectos musicais mostram grande qualidade. Se o caminho escolhido foi o básico, o resultado demorou mas também teve danos colaterais, daí pensar que em Portugal devemos aprender com os erros e não agindo tarde e mal, agir tarde e bem poupando caminho.

Há uns dias atrás sugeri Ojos de Brujo, hoje sugiro outro nicho de boa musica de nuestros hermanos.




Como sempre é só clickar na imagem.

sexta-feira, abril 07, 2006

A história de um sonho...

Um homem perseguiu um sonho, o sonho de ser feliz.
Quando criança o homem tentou ser feliz, e concerteza que o foi, mas as dificuldades afastaram a criança em idade precoce e surgiu um homem grande num corpo pequenino.

Um homem que protege os seus, protegeu alguém que eu muito amo, de tudo o que pôde e não pôde.

É um homem forte que persegue os seus sonhos, por toda a vida. Persegue os sonhos mas a sorte não o perseguiu até lá. Sonho atrás de sonho, a vida vai-lhe pregando partidas muito baixas.

Ele ergue a cabeça, levanta-se, sacode o pó das calças e segue, segue para o próximo sonho.

Esta perseguição insaciável por sonhos, é reflexo da criança um dia afastada para dar lugar ao homem. Esse dia veio cedo demais e a criança nunca se foi totalmente. Ficou o seu lado criativo, a inocência e o credo nos outros, a capacidade regenerativa das mais fortes pauladas que se pode levar.

Este homem que persegue os sonhos, olha para o seu pai, sente-se honrado, abençoado pela dádiva, que o Deus em que acredita, lhe deu. Este homem também ele é pai, de um outro homem que persegue o seu sonho bem longe de onde nasceu.

Agora a vida tenta pregar-lhe mais uma partida, a mais baixa e mesquinha de todas. E eu sonho que este homem que persegue o seu sonho, o possa continuar a seguir bem pertinho de nós...

quinta-feira, abril 06, 2006

Sair pela internet

Num dia dedicado a nuestros hermanos visitei uma galeria de fotografia, ao som de Ojos de Brujo.
Recomendo vivamente ambos, adorei esta exposição...

É só clickar por cima da foto.

Saci experimenta novas sonoridades

O Saci nas suas horas de leitura ou simples descontra, procura novas sonoridades.
Numa dessas procuras, mais uma descoberta agradável aos ouvidos deste pretinho de um só pé.

Descubram-no vocês também...

sábado, abril 01, 2006

O Saci abandonado...

O Saci tem estado abandonado, mas prometo que lhe irei dar umas palavrinhas para animar a causa.
Segunda-feira mais uma mudança, agora para 100 metros ao lado de casa.
A minha carrinha de mudanças será um carro de supermercado.
Sempre a inovar, numa vida de emigrante cheia de aventuras...